Seja para facilitar a entrada da luz natural ou separar ambientes, o cobogó é um revestimento cheio de bossa que fez muito sucesso na casa brasileira nas décadas de 1940 e 1950. Embora ele nunca tenha caído de moda, para nossa alegria, ele foi resgatado com tudo e está novamente na passarela.
Genuinamente brasileiros, os cobogós foram imortalizados nas obras dos mestres Oscar Niemeyer (1917-1912) e Lucio Costa (1902-1998), e o seu nome divertido (quase um trava línguas) deriva das iniciais dos sobrenomes de Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio Góis.
Inspirados nos muxarabis – treliças rendadas de madeira muito comuns na arquitetura árabe – os engenheiros e sócios em uma olaria criaram essa solução como alternativa para aliviar as altas temperaturas das casas, na Recife do início do século 20. A tendência que brinca com a luz e a sombra é mesmo a bola de vez. Ela parece redescoberta pela nova geração de designers e se faz presente também nos interiores da morada contemporânea.
“Os cobogós sempre estiveram presente nos meus projetos, eles fazem parte da escola de arquitetura que estudei e desde sempre acreditei no potencial desse material. Além de ser genuinamente brasileiro é uma solução genial e de baixo custo cujo o resultado final é muito elegante. Resgatar e valorizar a essência dos materiais faz parte do DNA do meu trabalho”, finaliza o arquiteto Guilherme Torres.
mais bacana é saber que os cobogós transbordaram das paredes e fachadas para fazer bonito no traçado dos mobiliários daqui e lá de fora. Os top designers e big brothers Campana – que dispensam maiores apresentações – não perderam a chance de surfar nessa onda com a mesa Cobogó. Quase uma escultura, o móvel leva tampo de telha furadinha que remete ao acabamento homônimo. A peça funciona como apoio e conversa com os mais variados tipos de decoração. Bem ao gosto do freguês!
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